Comemorado todos os anos pela comunidade surda brasileira, o Dia Nacional dos Surdos tem como objetivo promover a reflexão e o debate a respeito dos direitos e da luta pela inclusão de pessoas surdas na sociedade. Essa data foi escolhida por ser o dia de fundação da primeira escola para surdos do Brasil, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), no Rio de Janeiro em 1857.

Segundo dados de IBGE, há 10,7 milhões de surdas/os no Brasil. Entre elas/es, há diversidade quanto ao grau da perda auditiva – desde leve até profunda – como também à idade, sendo que 9% delas/es nascem surdas/os e que a maioria tem perda de audição ao longo da vida.

Assim, não são todas as pessoas surdas que lutam pela mesma causa, pelo mesmo direito e pela mesma vontade. Há aquelas que se expressam em Libras; as que são bilíngues; as que são oralizadas, utilizando algum recurso tecnológico auditivo amplificador; as que são surda e cegas, entre outras diferenças.

Entretanto, todas/os têm o direito de acesso linguístico à educação, saúde, trabalho, cultura, tecnologia. Nem todas as pessoas surdas têm relação confortável e afetiva com a Língua Portuguesa, ou seja, com a língua oral.

Portanto, após uma luta histórica da comunidade surda, foi criada a Lei nº 10.436, de 2002, em que a Libras – Língua Brasileira de Sinais – é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão.

Após essa conquista, houve outros movimentos e debates importantes quanto à obrigação de legendagem nos programas televisivos, à inserção das janelas de Libras e adequações do tamanho, à criação de escolas ou classes bilíngues para surdas/os, à presença de intérprete de Libras-Língua Portuguesa nas salas de aula em que estiver pelo menos uma aluna/o surda/o, à criação de Central de Libras, entre outros.

Os direitos de pessoas surdas ainda não estão totalmente garantidos e há muito para discutir e lutar.

Fonte: Conselho regional de psicologia